Wednesday, December 10, 2014

Os irmãos Lumière e os primeiros passos do Cinema

Os irmãos Lumière usaram o seu cinematógrafo apenas para documentar a vida de todos os dias. O operador de teatro francês Georges Méliès, por outro lado, compreendeu o potencial da nova tecnologia com a criar ilusões. Méliès criou os chamados filmes mágicos, em que cenários ficcionais surgiram ao fundo dos estúdios. Os seus contos de fadas, histórias de terror e de fantasmas fundavam-se na filmagem sequencial. O filme de Méliès, “Le Voyage dans la Lune”, tornou-se um marco do cinema em 1902 como primeiro filme longo, com cerca de 15 minutos.
           Os factores económicos revelaram-se cruciais na transformação do filme em espectáculo de massas. Os irmãos Lumière tinham realizado os seus filmes de acordo com a sua própria direcção, mas venderam as patentes em 1897 a Charles Pathé, um empresário do mundo do espectáculo. Como fundador da indústria cinematográfica francesa, este deteve uma influência considerável no comércio internacional de filmes até ao rebentar da Primeira Guerra Mundial. A contribuição de Pathé foi fazer com que a atracção de variedades, originalmente reservada a muito poucos espectadores, passasse a estar acessível a um público mais abrangente. A sua companhia, Société Pathé Frères, cobria todos os aspectos das filmagens. Empregava realizadores, que criavam dez novos filmes todas as semanas nos estúdios que eram propriedade da companhia. Pathé comprou câmaras e projectores e operou em 200 salas de cinema na Bélgica e em França.



O NASCIMENTO DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA

O progresso técnico constituiu apenas um aspecto no desenvolvimento do cinema como forma de arte popular. Os visionamentos exclusivos dos filmes em variedades rapidamente resultaram numa indústria cinematográfica profissional. O cinema tornou-se um factor económico.